sexta-feira, 20 de maio de 2011

Procurando razões

As coisas ainda não retornaram aos seus lugares. E eu acho que elas não retornarão! Eu ando esperando muito de tudo, esperando mais do que o que pode ser oferecido pelas pessoas. Esse é o grande problema de ter tudo o que você quer, quando você perde algo, perde o chão! Nunca fui mimada no sentido material, pelo contrário, sempre tive que batalhar e argumentar quando queria algo, mas carinho e atenção sempre foram dados a mim todo o tempo, talvez por tempo até demais. Eu queria poder não precisar de ninguém, eu queria poder confiar em mim e na minha capacidade de seguir só. Eu queria simplesmente não precisar de ninguém. Não precisar de mimos, não precisar de aprovações, não precisar de sorrisos voltados pra mim. Eu não sei mais o sentido do meu mundo. Confesso que já me senti assim, sem rumo, por vários motivos: amor, amizades, familia... Mas dessa vez é diferente! eu me sinto mal simplesmente por não ter motivos pra me sentir beem. É estranho você acordar e não ter um motivo pra dizer: hoje é um dia especial! Não estou querendo dizer que todas as pessoas que estão ao meu lado são um nada. Pelo contrário, se não fosse por elas aí sim que tudo estaria perdido. É por elas que, mesmo não sorrindo, eu tenho forças pra levantar, pra seguir em frente. Mesmo não sentindo o apoio que eu sempre senti, mesmo não sentindo o amor que eu procurava sentir, mesmo não me sentindo quem eu sempre fui, eu continuo levantando todos os dias por elas. Me esforçando pra que ninguém me pergunte o que há de errado comigo. Porque não ter o que reponder quando lhe fazem essa pergunta é muito pior do que ter um motivo pra dizer.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Deixa doer


Hoje eu vi uma pessoa sofrer por amor. Acho que foi o sentimento mais solidário que já brotou em mim. Eu vi as lágrimas dela e senti uma dor tão forte! Quando se paassa pelo amor e pelo fim, você aprende que sofrer não é pra qualquer um. E a dor do outro, passa a doer em você. Porque você também a tem dentro de algum lugar do seu coração. Você lembra das noites que não conseguiu dormir chorando, lembra de todos os concelhos inúteis que recebeu daqueles que não te entendiam, lembra de ter sempre um nó na garganta e pensamentos nele, lembra que você achou que não ia passar nunca, que nunca mais seria feliz. Mas chega um momento que passa, porque tudo passa! E ai você olha pra aquela pessoa na mesma situção que era a sua, sentindo a dor que era sua! A vontade de falar alguma coisa é tão forte, mas ao mesmo tempo falar o que? Não se fala nada nessas horas! Basta estender a mão e deixar sofrer. É preciso sofrer, pra que se possa olha pra tras e ver que foi tudo verdade! Que o seu amor, apesar de machucado, foi verdadeiro, e não há nada mais puro no mundo! Deixa machucar, deixa a lágrima correr. Tem que doer, tem que sofrer, tem que aprender, tem que viver!

Chichê demaaaaaaais né? Mas existe coisa mais clichê do que o amor?

sábado, 2 de abril de 2011

Hoje eu recebi uma crítica sobre a minha impulsividade de um anônimo (não entendo por que as pessoas gostam de se referir a mim no anonimato, eu não mordo). Bem, ele disse que eu acabo perdendo muitas coisas na vida por essa "mania" que eu tenho de não pensar muito antes de fazer as coisas. E o que eu respondi? Eu não gosto disso! Se eu pudesse com certeza não seria assim. Por mais que seja uma coisa muito bonita na poesia, só é bonita na poesia. Conviver com uma emoção sempre falando é muito difícil, e só quem vive isso entende o que eu passo. Todos te julgam como querem! Você, sua personalidade, seu jeito, acabam virando uma massa de modelar pra a sociedade. Cada um te vê de acordo com o que é convenientepara si. Quem quer o mal, vai achar mil e um defeitos, mil e um escorregões. Quem quer o bem, vai achar também as melhores qualidades. Eu costumo dizer que são poucas as pessoas que não acham nada de mim. E falo mais, a maioria acha muito mal. E eu sinceramente não gosto disso, ao contrário do que muitos pensam. Ninguém gosta de ser odiado. Muito menos eu que sou uma pessoa muito carente. Mas o meu jeito é esse! Tentar mudar não existe! Você pode mudar tudo em você, menos a sua essência. E a minha essência é sentir mais do que pensar. O meu lado racional é muito forte, mas ele não vence. O que acontece é que quase sempre eu estou me senitndo culpada, as vezes até por coisas que eu não fiz. E eu tenho certeza que, como sempre, eu vou receber muitas críticas por isso que estou dizendo aqui. Quando se vive como eu vivo e onde eu vivo, as pessoas parecem que estão todas sentadas ali aguardando anciosamente você deslizar pra poder cair matando. Eu não to querendo me justificar de nada! Quem me conhece sabe que eu não preciso disso. Eu só acho estranho o jeito como todo mundo exige tanto um controle sobre a própria vida, quando é tão melhor não controlá-la. Até o sofrimento é bom quando é verdadeiro, porque é o que se sente, é o que vem de dentro de você sem fórmulas prontas, sem necessariamente ser ensinado. Como eu disse antes, é difícil viver assim. Mas, ao mesmo tempo, é uma questão de auto-aceitação. Eu sou assim! E o pior de tudo, tem muita gente que me ama muuuuuito, e assim, desse jeito! Quando mudar não é uma opção, a gente se ajeita como pode. E é isso que eu tento fazer todos os dias. Eu erro? Erro muito, e ninguém tem dimensão do quanto! Só que eu também acerto. Tudo na vida tem seus dois lados. Então, eu preferi que isso deixasse de interferir tanto na minha vida. Quem quiser gostar de mim, eu agradeço muito. E quem não quiser gostar, fique a vontade também! Cada um tem seu jeito e paga suas próprias consequências. E eu tenho pagado as minhas como posso.



PS: evitem o anonimato por favor, prefiro críticas abertas.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Não sei mais o que é certo. Talvez eu nunca soube! Talves eu sempre busque abrigos e mais abrigos dentro de miim e nunca tenho tempo pra desvendar o real problema. É como ir jogando a sujeira toda pra baixo do tapete e fingir que nada de grave acontece. Quando tudo de grave acontece e sempre aconteceu!
Não sei mais o que é certo. Eu quis taanto superar os meus medos e fingir ter uma vida normal, que eu consegui. Mas não foi certo conseguir, não veio de dentro de mim! E eu fiz questão de excluí-la como se faz com os pesadelos. Eu não consigo mais ter aquela força pra passar por cima dos obstáculos como eu tinha antes. Eu me sinto cada dia mais hipócrita, cada dia mais me adequando ao que esperam de mim. Eu não sinto mais a minha essência!
Não sei mais o que é certo. Se fosse uns dois meses atras, eu faria escandalos, choraria, gritaria tudo o que estou sentindo para o mundo. Eu tinha a certeza que seria ouvida por alguém, em algum lugar, e esse alguém me daria um colo. Mas essa certeza se perdeu de mim! Hoje eu não sei mais dizer que estou sofrendo, eu não consigo pedir ajuuda. Eu não consigo mais acreditar na verdade dos que me estendem a mão.
Não sei mais o que é certo. Os amigos insepraráveis que eu levava comigo, não se mostraram tão amigos assim. E os inimigos que eu julgava os piores do mundo, não se mostraram tão inimigos assim. O amor que eu julgava eterno, não durou além das primeiras dificuldades. Os sonhos que eu julgava concretos, se desfizeram para dar lugar a coisas menores e mais reais. E eu que me julgava imutável, me transformei completamente. Me transformei em uma pessoa que eu não reconheço no espelho, que eu nãoacredito que exista em mim. Mas foi tudo o que eu consegui juntar depois de todos os golpes. Foi tudo o que sobrou de mim depois de tudo.
Não sei mais o que é certo. Talvez eu nunca soube!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um avô de verdade!

Sempre quando uma pessoa parte, ela deixa uma parcela de si comigo. Não importa se fez bem ou mal pra mim, as lembranças sempre tendem a esquecer o lado ruim das pessoas. Mesmo que a pessoa em questão nunca tivesse mostrado um lado ruim sequer para mim. Pelo contrário, o amor sempre foi a maior de todas as qualidades. Confesso que estou me sentindo muito estranha escrevendo sobre ele. Acho que nunca havia escrito sobre ele antes. Nem sequer costumava falar sobre ele, sobre o que ele significava pra mim. Talvez eu não saiba lidar muito bem com as pessoas que me amam muito. Eu me acostumei de tal forma com sentimentos ruins ao meu redor que eu não entendo muito bem o amor que algumas pessoas tem por mim. E o amor dele era totalmente gratuito, daquelees que nunca esperou uma recompensa. A culpa machuca um pouco. Eu podia ter feito mais pra deixar ele feliz, eu podia ter sido um pouco mais carinhosa com ele. Mas tudo acabou! Só ficaram as lembranças, as mais perfeitas lembranças que um neta pode carregar de um avô. Um avô que deixava roubar no dominó, um avô que brincava até de boneca, um avô que comprava doces depois da missa, um avô que era capaz de qualquer coisa para fazer os netos sorrirem.
Eu tenho certeza que pela pessoa que ele foi, pelos valores que ensinou, ele está num lugar muito superior agora e espero que eu ainda possa continuar sentindo sua presença e seu carinho como sinto de vez em quando.
E hoje, mesmo passado algumas dores, eu me sinto muito sortuda! Porque eu tive a oportunidade de crescer e conviver com uma pessoa tão maravilhosa. E a lei da vida é essa, por mais que seja triste. Só quero, um dia, poder encontrá-lo de novo!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

mudança de ares

Não sei se todos do mundo sentem isso. Mas inúmeras vezes eu me sinto fora do meu lugar. Tipo, eu estou aqui, em Feira, morando com meus pais, na minha casa, com todo mundo que eu amo perto de mim. Só que eu não me sinto verdadeiramente aqui! Eu sei que eu sou extremamente confusa. E ao mesmo tempo que eu quero muito algo, esse algo é insignificante pra  miim. As pessoas não entendem muito essa minha falta de amar as coisas que me rodeiam. Mas o meu amor verdadeiro é a conquista. Não significa que eu não ame as pessoas, muito pelo contrário, as amo muito mais do que pareço amá-las. O problema é que tem algo dentro de mim que sempre grita por mudanças! E eu sinto mais do que nunca que eu preciso mudar de ares. É o jeito que as pessoas pensam, o jeito do lugar em que eu estou, o jeito que minha vida se movimenta. Tudo parece tão fora do lugar! Talvez eu realmente esteja fora do meu habitat natural. E eu só sei que o que eu mais quero, é sair daqui!